quinta-feira, 9 de julho de 2009

plante seu jardim e decore sua alma

Somos tão humanos... especiais e ao mesmo tempo tão limitados, falhos e ao mesmo tempo assertivos, conseguimos algumas proezas inenarráveis, típicas de nós, pena que tão típicas quanto nossas falhas.

Estou num momento de muitas mudanças, mudar, tem que vir do coração, porque “a boca só fala daquilo que o coração está cheio”... Passei por algumas situações que eu, sinceramente, não gostaria de ter vivido, mas se eu passei por elas, foi por ter forças para supera-las e, aqui estou, tentando re-começar e aprender com tudo que aconteceu.

Mas, confesso, em tudo que não nos apraz, há sempre algo a aprender... entendi, ainda melhor, que Deus é TREMENDO, que é muito além do que alguém pronto a castigar, como, erroneamente, dizem às crianças “se vc fizer isso, Deus vai te castigar!”

Na verdade, quem nos castiga somos nós mesmos, nós falhamos e por isso pagamos, é uma relação terra-terra, não tem nada haver com o Divino.

Deus é pai (não é padrasto, mesmo!), está sempre ao nosso lado, estendendo a mão, dando colo, mostrando o caminho, resolvendo tudo, no ultimo minuto, no Seu tempo tão sábio e tão certo e não na nossa pressa e inesgotável necessidade.

Mas, a gente tenta tanto e tanto ser independente, se envolve com o trabalho, com os estudos, com a família, com tantos planos e compromissos do dia-a-dia, lutamos pra conseguir coisas que podem deixar de existir no momento seguinte, que podem nos ser tiradas tão rápido, no fundo, brincamos com nossa própria fé, porque cremos e torcemos pelo que é volátil.

Confesso que é, realmente, muito difícil manter uma relação intima com alguém que não vemos, não sabemos como é, não sentimos o cheiro... as perspectivas do que é Deus e do que Ele representa são íntimas e devem ser respeitadas, porque é sempre uma questão de fé e esta, por si, já merece respeito.

Mas, realmente até que ponto estamos nós, tão cheios de nós mesmos, dispostos a sermos dependentes, a estarmos tão entregues, a entender um tempo sábio, mas oposto ao que queremos, ao que acreditamos necessitar.

Uma relação com Deus é uma relação de puro e extremo amor, não é como uma paixão, que acreditamos controlar de acordo com nossa vontade e, além disso, o amor precisa ser alimentado, precisa haver diálogo, confiança, precisa ter muita garra pra acreditar no impossível, de muita humildade pra declarar tanto amor e dependência... às vezes, sabemos de tudo isso, mas somos tão soberbos... quantas bobagens alguns de nós (senão todos) já cometemos em nome de Deus.

Eu, confesso, estou tentando aprender e já tem um tempo... estudo, pesquiso, converso, ouço... mas esta Nossa relação de amor é uma construção contínua, de um Pai e sua filha, com todas as características que esta relação (que eu tão bem conheço) possa ter.

Já cometi tantas falhas, ainda vou (não adianta achar que não) cometer outras tantas... mas eu quero a segurança do amor de Deus nesta jornada e, mais que isso, eu quero a habilidade de relacionar-me com Ele e de que esta relação me deixe mais generosa, mais confiante, menos ansiosa, me permita valorizar o que realmente devo, me deixe contar até dez antes de falar ou de decidir calar, me faça ponderar... Que além disso, eu possa ser instrumento dessa palavra tão importante e tão necessária.

Não é possível pensar num novo momento em nossas vidas, se esta proposta de renovação não contempla aquilo que realmente importa.

Que Deus abençoe você!!! Sempreeeee!!!

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