terça-feira, 17 de agosto de 2010

Para você **N****



E agora, o que eu vou fazer?
Se os seus lábios ainda estão molhando os lábios meus?
E as lágrimas não secaram com o sol que fez?

E agora como posso te esquecer?
Se o seu cheiro ainda está no travesseiro?
E o seu cabelo está enrolado no meu peito?


Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novo


E agora, como eu passo sem te ver?
Se o seu nome está gravado no
Meu braço como um selo?
Nossos nomes que tem o "N"
Como um elo

E agora como posso te perder?
Se o teu corpo ainda guarda o
Meu prazer?
E o meu corpo está moldado com o teu?


Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar


Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
E que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novo
De novo...de novo...de novo...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Dessa vez



É bom olhar pra trás e admirar a vida que soubemos fazer
É bom olhar pra frente, é bom nunca é igual
Olhar, beijar e ouvir, cantar um novo dia nascendo
É bom e é tão diferente
Eu não vou chorar, você não vai chorar
Você pode entender que eu não vou mais te ver
Por enquanto, sorria e saiba o que eu sei eu te amo
É bom se apaixonar, ficar feliz, te ver feliz me faz bem
Foi bom se apaixonar, foi bom, e é bom, e o que será?
Por pensar demais eu preferi não pensar demais
dessa vez..
Foi tão bom e porque será
Eu não vou chorar, você não vai chorar
Ninguém precisa chorar mas eu só posso te dizer
Por enquanto, que nessa linda estória os diabos são anjos

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Escrita criativa

Exijo a hipérbole, exijo a química, oxigénio e carbono; exijo a fonte que seca e que não se deixa secar, exijo a metamorfose que não se deixa mudar, exijo: o símbolo e a matéria, o número e a letra, o jovem que se obsoleta. Exijo-te na intimidade de uma frase, na esquina pútrida de um Eu: na inspiração puta de um verso.

Atravesso a...s vísceras do real
para verter a insídia do poema

Tento vender-me de tentação, entregar-me à escultura do sofrer; sofro em belo, em espaço, em amor – erecto e lírico, fecundo e trágico, demónio de deus ou anjo de negro. Tento tentar-me de tentação, árido sopro do livro que bebo.

Atravesso as entranhas do real
para verter a insídia do poema

Durmo na folha, sinuosa e branca: bruto, perigoso, ferido de mundo – amo o infiel, o cruel, o bordel; sou criatura, modelo e variante, sou uma merda que não precisa de instante.

Atravesso as veias do real
para verter a insídia do poema.
Atravesso as veias do real
para me despedir de te ser problema.
 Pedro Chagas Freitas

segunda-feira, 3 de maio de 2010

"Memórias trocadas de uma vida inventada"


À Maria Rita

Como não sentir falta daquilo que foi parte de si?
Como não travar os impulsos da despedida nas memórias felizes de momentos passados?
Segurar nas mãos do futuro é o reinventar de nossa própria história...
Mas quem disse que esta história não servia mais?
Passamos os dias contando os minutos do precoce destino, e bolinamos nossa alma com as goteiras de lágrimas de saudade-feliz.
É estranho imaginar essa tal saudade-feliz...
Ela é garota mais nova e de energia exaltante, montada a cavalo e de esporas aos pés, descendo as ladeiras com aquilo que era e subindo de volta com aquilo que será.
Essa saudade samba em todos os lugares e viaja o país com metade de nossos sentimentos expostos...
Mas deixa metade deles guardados para que possamos chamá-los de coração.
Será que ele pulsa metade-batendo?
Essa garota impulsiva percorre a garganta e transmuta-se em nó.
E quando cai exausta, e exausta-se rápido, ela sai como grito cantado, retratos colados em espelhos de camarim.
Essas palavras que ela sai por aí falando, aos poucos vão esgotando os seus noventa sentidos... E ela cansa de andar.
E quando ela cansa é tempo de novas inveções... É tempo da revolução de um corpo só, munido de uma só ferramenta, travado em apenas uma batalha:
A batalha da alma contra o muito-ninguém.
E passado o muito, que pode ser pouco, ou o pouco que é pouco demais, esbalda-se na loucura essa menina-saudade, e corre mundo afora mudando seus trajes, cantando em lajes e em palcos de pequenas cidades, interpretando os sons à sua maneira, falando do amor e da vida, do sol e do mar, do jeito certo de amar...
É danada demais da conta, essa menina...
Deve ser Menina-Maria também.
Quando ainda é cedo, quando achamos que a partida ainda será logo menos, quando nos acostumamos às maneiras dessa Maria, vai-se ela mais uma vez embora....
E parte mesmo sendo nossa parte...
Mesmo levando consigo a metade...
Mesmo não tendo vontade...
E como não sentir falta daquilo que foi parte de si?

(Matheus de Castro)

sexta-feira, 9 de abril de 2010

"Perco o teto, mas ganho as estrelas"

Acabei de ler no MSN de um contato meu a seguinte frase: Perco o teto, mas ganho as estrelas. E isso me permetiu refletir um pouco sobre ela.

Por toda nossa vida construímos, perdemos e reconstruímos nossos tetos. Porque é assim que enfrentamos os obstáculos que passam por nós. Pessoas fazem nosso teto cair, seja com palavras ou atitudes, tudo parece dar errado e nada mais tem sentido.

Mas o caminho de fato não é bem esse. Tetos não desabam sem motivos. Sem explicação. Mesmo que se evite explicar ou dar sentido para tal acontecimento, as pessoas se ignoram, se deixam tomar pela raiva. Pelo egoísmo. E não percebem que tudo na vida tem um porquê, uma resposta, um sentido.

Os momentos mais importantes que encontramos em nossa vida é o caminho entre construir e perder nosso teto. E é ai onde muita gente ignora e se perde no seu próprio eu.

Reconhecer as estrelas que aparecem na sua vida após uma queda, é encontrar sentido em você mesmo. No que está dentro de você. No que faz parte de você. No que só você compreende. E mesmo que ninguém pense como você, entenda você, é no encontro de suas próprias estrelas que você consegue se reerguer.

Admiráveis estrelas que aparecem em nossas vidas. Onde estão? Como encontrá-las? É simples… Olhe para dentro de você, sinta as pessoas ao seu redor. Sinta o que te faz bem e jogue fora o que te traz dor e tristeza, permita que esses sentimentos ruins vão embora com mais um teto que se esvai. Mas permita principalmente enxergar suas próprias estrelas, admirá-las e trazê-las para perto de você.

Ariella Marques
http://flordalua.wordpress.com/2010/01/29/perco-o-teto-mas-ganho-as-estrelas/

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

 

DEUS É MAIS
(Diogo Nogueira)
 
Me diz quem é
Que nunca passou por um drama de amor
Que nunca andou de mãos dadas com a dor
Que nunca sorriu com vontade de chorar

Se liga ai
Fogueira foi feita pra gente pular
Vento carrega as nuvens pro mar
Segura que a fé não costuma falhar

Quem não escuta cuidado
Escuta coitado, pode acreditar
Se o corpo não pensa
A cabeça na certa vai ter que pagar

Cada um tem a luz que encanta e seduz
Não desista de amar
Esse teu sorriso guardado no rosto
Precisa brotar

Água de chuva eu sei que não sobe ladeira
Barco pesado encalha na beira do mar
Se não tá, é melhor se ligar

Vai na paz, Deus é mais
Nós é nó na madeira
Sua estrela um dia vai ter que brilhar